NOSSOS ESPETÁCULOS

A MORTE DO DEFUNTO
Texto: Marcone Correia
Direção: Marcone Correia
Ano: 2006
AS DEZ MAIS DO CORTEX CEREBRAL
Texto: Cyrano Rosalém
Direção: Alex Ricardo
Ano: 2008

Espetáculo mostra, num enredo hilário, a estória de Onofre. Malandro nordestino fascinado por jogo, mulher, dinheiro e despreocupação com a vida como todo bom malandro do interior. O mesmo para variar tem duas esposas e quatro filhos, uma que conviveu na miséria e a outra com quem construiu patrimônio. Onofre encontra-se em estado terminal e toda sua família o quer ver morto pelas tantas que aprontou em vida, chegando a chamar o Padre para encomendar a alma e as vizinhas para preparar o corpo. Tudo pronto e resolvido até que uma lembrança de sua esposa pobre faz aquele velório transforma-se numa divertida festa de aniversário com direito a bolo, velinha e a companhia de grandes amigos.
A peça conta a história de Alfredo, que diz ouvir música dentro de sua cabeça e, sem conseguir se controlar, sai dançando o que ouve, onde quer que esteja. Na fila do banco, na missa ou no velório. Onde quer que esteja, Alfredo ouve música na sua cabeça e começa a dançar. Desesperado, ele vai até um hospital psiquiátrico para se internar, mas é surpreendido por uma enfermeira que proíbe sua auto-internação. Alfredo insiste com ela e termina tendo uma crise. Aos poucos a enfermeira embarca na loucura dele e, fascinada, dança junto. No fim, sua maleta se abre e cai de dentro dela materiais de balé. A enfermeira, então, revela a platéia que ele é um louco, que todo dia faz um showzinho.

BOCAS QUE MURMURAM
Texto: Paulo Jorge Dumaresq
Direção: Petrúcio Alves
Ano: 2009
PEDAÇOS DE NÓS MESMOS
Texto: Lael Correa
Direção: Lael Correa
Ano: 2010

Bocas que murmuram é uma tragicomédia ambientada na redação do Diário Incomunicante, tipo tablóide, edificado em cidade de médio porte do Nordeste do Brasil. A peça estabelece contraponto entre dois jornalistas de formação ideológica distinta. No caso, Alexandre, de formação direitista, e Vladimir, um esquerdista atuante. No decorrer da trama, os jornalistas ora afirmam suas posições, ora negam, num jogo psicológico que inclui ainda o Editor do jornal e o Deputado Chip Baccarat.Questões relevantes para a classe jornalística, tais como liberdade de imprensa, ética e salário, são abordadas de forma contundente pelos dois profissionais. Alexandre, jornalista corrupto, recebe proposta do Editor para assumir o caderno de Política do jornal, caso omita rumoroso escândalo envolvendo o deputado Chip Baccarat, acusado de explorar cassino na sede do programa Fome Nunca Mais. Por seu turno, Vladimir segue com seu discurso esquerdista tentando demover Alexandre das idéias que defende. Mas, no desespero dos impotentes, Vladimir suicida-se na redação.

ARLEQUIM DE CARNAVAL
Texto: Ronaldo Brito e Assis Lima
Direção: Marcone Correia
Ano: 2013
Pedaços de Nós Mesmos é um espetáculo teatral que propõe mesclar fragmentos da obra ficcional de Graciliano Ramos com trechos da sua biografia. Na adaptação para o palco há pedaços de obras bastante conhecidas como Angústia e Memórias do Cárcere, assim como também de suas cartas, de sua Infância e d’A Terra dos Meninos Pelados. Além de tão rico material literário, há ainda a ousadia, imaginação e criatividade dos jovens componentes da Cia. Mestres da Graça, costurando os preciosos retalhos. O grupo, fundado há quatro anos em Palmeira dos Índios, tomou para si a responsabilidade de homenagear o ‘Mestre Graça’ com a encenação de Pedaços de Nós Mesmos. Nada mais natural, elogiável e oportuno. Afinal, temos aqui um escritor respeitado e admirado além das nossas fronteiras e traduzido para mais de trinta idiomas. Um mestre da literatura que, por incrível que pareça, é mais lido e reverenciado em lugares como o Rio de Janeiro e Moscou do que na região onde nasceu e onde passou a maior parte de sua vida. É também um autor mais visto nas telas de cinema do mundo do que nos palcos do nordeste brasileiro.
O BAILE DO MENINO DEUS
Texto: Ronaldo Brito e Assis Lima
Direção: Marcone Correia
Ano: 2017

Arlequim de Carnaval é uma peça teatral que mistura commedia dell’arte, teatro grego e cultura brasileira e foi musicada por Antônio Madureira, criador do Quinteto Armorial. Mas o verdadeiro destaque desta obra de Ronaldo Correia de Brito e Assis Lima é o carnaval recifense, com muito frevo e maracatu. O texto faz parte da Trilogia das Festas Brasileiras, que incluem Baile do Menino Deus e Bandeira de São João. Povoado de cantigas e referências tradicionais da cultura nordestina, o texto conta a história de Arlequim, um folião abusado que brinca com o destino de todos a sua volta. Faz o patrão de palhaço, foge da esposa como o diabo da cruz, e ainda cria mil confusões no romance entre Pierrô e Colombina. Durante os dias do carnaval, Pierrô e Colombina se apaixonam, mas não revelam um ao outro suas verdadeiras identidades, "para não quebrar o encanto". Mas os dois amantes não resistem e pedem ajuda ao amigo Arlequim, que inventa logo uma história: diz a Pierrô que Colombina é uma rainha, e a Colombina que Pierrô é um rei. Não chega a ser uma mentira: Pierrô é o rei da dança e Colombina, a rainha de maracatu. O casal, porém, entende tudo errado e pensa viver um amor impossível, que só pode durar os três dias de carnaval. Quando o carnaval chega ao fim, cabe ao espectador descobrir se as confusões de Arlequim conseguem unir ou separar os foliões apaixonados.
Baile do Menino Deus é um auto de Natal escrito por Ronaldo Correia de Brito e Francisco Assis Lima, com músicas de Antônio Madureira. Foi encenada pela primeira vez no dia 12 de novembro de 1983, no Teatro Valdemar de Oliveira, Recife.
A obra se opõe à maciça difusão, no Brasil, do imaginário natalino de inspiração europeia. Em vez de papais-noéis, renas e trenós, o musical leva ao palco figuras típicas da cultura popular nordestina, como o Mateus, o Jaraguá, o bumba meu boi, ou os caboclinhos, todos embalados por canções originais, inspiradas nos ritmos e nas tradições da região.
A história gira em torno de uma festa que vai acontecer, tendo os brincantes como personagens que seguem de casa em casa e um palhaço, Mateus, conduzido a narrativa. Na peça o Natal não valoriza as compras nem a comilança da festa, mas elege, como foco principal, o Menino Deus e o que ele representa, como símbolo do renascimento e da esperança.

O QUE EXISTE ENTRE NÓS
Texto: Mario Rodrigues - AL
Direção: Coletiva

TRAMPOLINAGENS
Texto: Homero Cavalcante
Direção: Homero Cavalcante
Co direção: Marcone Correia
O Que Existe Entre Nós é um texto que fala sobre as relações humanas, especificamente das relações amorosas, falar de amor no cenário atual ao qual estamos fixados é um fato primordial, visto que a sociedade está caminhando rumo a uma pestilenta e corruptante falta de amor, de compaixão, a obra cênica faz uma denúncia ao amor renegado, às consequências geradas por relações opressoras, a busca pelo amor próprio, além desses aspectos o espetáculo cênico também faz uma crítica a uma sociedade extremamente machista e por consequente preconceituosa se tratando de relações não convencionais.
A existência de uma baleia, sob o altar da padroeira, é lenda que se torna fio de amarração de tipos de uma pequena cidade. Trampolinagens, são os esforços e os truques desses personagens para sobreviverem e se afirmarem como cidadãos. Com seus dizeres e atitudes, também, confirmam a importância da cultura popular. Esse teatro, que se faz em praças, se permite cumprir a função de estar mais próximo das pessoas que não possuem acesso ás casas de espetáculo. Levando-as, a possíveis reflexões, enquanto se divertem.